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Goiânia, 02/01/25
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Carlos Alberto Fonseca, alvo de investigação sobre fraudes no pagamento de benefícios às vítimas do Césio-137, garante não ter recebido dinheiro e oferece sigilo bancário para a Polícia Civil

Procurador-Geral de Anápolis nega envolvimento em esquema de fraudes e se coloca à disposição da Polícia Civil

03/10/2024, às 09:19 · Por Redação

O Procurador-Geral de Anápolis, Carlos Alberto Fonseca, negou qualquer envolvimento no esquema de fraudes referente ao pagamento de benefícios destinados às vítimas do acidente radiológico do Césio-137. Em declaração ao Portal 6, Carlos Alberto afirmou estar à disposição da Polícia Civil (PC) para colaborar com a investigação e, inclusive, se prontificou a abrir seu sigilo bancário e fiscal para comprovar sua inocência.

A investigação, conduzida pela Polícia Civil, aponta Carlos Alberto como possível integrante de um grupo que teria fraudado documentos para garantir a concessão de benefícios. Segundo a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), os prejuízos causados pelo esquema podem ultrapassar R$ 20 milhões.

De acordo com o procurador-geral, ele conheceu a advogada Ana Laura Marques, principal suspeita no caso, em outubro de 2023, por meio de um colega da época em que servia na Polícia Militar (PM). Ana Laura foi presa pela Polícia Civil sob acusação de manipular laudos e documentos para garantir que pessoas que não eram afetadas diretamente pelo acidente com o Césio-137 recebessem benefícios indevidos.

Carlos Alberto afirmou que, apesar de ter se reunido duas ou três vezes com a advogada, a maior parte de seu atendimento foi conduzido por outra profissional do mesmo escritório, que teria deixado a equipe em agosto de 2024, antes do início das investigações. Ele enviou ao portal capturas de tela que corroboram essa informação, buscando afastar suspeitas sobre seu envolvimento direto com Ana Laura Marques.

Em sua defesa, Carlos Alberto Fonseca enfatizou que não se beneficiou financeiramente do esquema de fraudes e que, por isso, não há motivo para manter sigilo sobre suas contas bancárias. “Tenho total interesse em abrir o sigilo fiscal à Polícia Civil para provar que não recebi nenhum pagamento relacionado a essas fraudes”, afirmou.

A investigação segue em curso, e o caso ainda está sendo analisado pelas autoridades. Carlos Alberto, que ocupa um cargo de alta relevância no município de Anápolis, reiterou sua disposição de prestar todos os esclarecimentos necessários para demonstrar que não esteve envolvido nas irregularidades investigadas. A Polícia Civil ainda não divulgou detalhes adicionais sobre o andamento da investigação.


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