Pablo Marçal descarta apoio a Ricardo Nunes e "libera" eleitores no segundo turno em São Paulo

O empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, o goiano Pablo Marçal, anunciou nesta quarta-feira, 9, que não apoiará a reeleição do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno. Marçal, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno com 28,14% dos votos, afirmou que a "arrogância" de Nunes inviabilizou qualquer tipo de acordo e que seus eleitores estão "liberados" para votarem de acordo com suas próprias convicções.

"Diante das afirmações de Ricardo Nunes, comunico que não apoiarei sua candidatura neste segundo turno. A arrogância demonstrada não só por ele, mas também por Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Silas Malafaia e Valdemar Costa Neto inviabiliza qualquer tipo de apoio", declarou Marçal em nota. Ele ressaltou ainda que, se Guilherme Boulos (PSOL) vencer a eleição, "a culpa não será dele". "Libero os 1.719.024 cidadãos paulistanos que confiaram na minha candidatura para votarem de acordo com suas convicções, princípios e ideologias", completou.

Marçal exigia um pedido de desculpas público de Nunes como condição para discutir um possível apoio, mas o prefeito rejeitou essa possibilidade. "Não vou procurar. Se eu for procurado, vou dizer que espero que ele (Marçal) tenha aprendido com os erros", disse Nunes em resposta.

O episódio intensificou as tensões entre os dois candidatos, que já haviam protagonizado momentos de confronto em debates anteriores. No debate da RedeTV!, realizado em setembro, Marçal acusou Nunes de envolvimento em desvios de verba de creches e chegou a dizer que o prefeito "seria preso". O clima entre eles piorou ainda mais após o debate no Flow, quando Marçal foi expulso por repetir as acusações.

Enquanto Marçal libera seus eleitores, ele também descartou qualquer possibilidade de apoiar Boulos no segundo turno. Mesmo criticando Nunes, o ex-candidato do PRTB afirmou que "jamais" indicaria voto no adversário do PSOL. A decisão de Marçal acrescenta um elemento de incerteza ao cenário político de São Paulo, uma vez que os votos de seus eleitores podem ser decisivos para o desfecho da eleição.

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