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Hospital Jacob Facuri volta a atender pelo SUS após compromisso de repasse de recursos, mas alerta para nova suspensão caso pagamento não seja cumprido

Hospital Jacob Facuri retoma atendimentos após acordo com a Prefeitura de Goiânia

13/10/2024, às 16:29 · Por Redação

Após uma paralisação dos serviços voltados ao Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Jacob Facuri, em Goiânia, anunciou a retomada dos atendimentos e internações nas áreas de UTI Neonatal, UTI Adulto, hemodinâmica e cardiologia. A decisão ocorreu após um acordo firmado entre a administração do hospital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Prefeitura de Goiânia, para o pagamento de dívidas pendentes.

Em comunicado oficial, o hospital destacou que os atendimentos foram reiniciados "devido ao compromisso feito de pagamentos a serem realizados". No entanto, a instituição foi enfática ao afirmar que, caso o acordo não seja cumprido, os serviços podem ser novamente suspensos. "Caso o compromisso não seja cumprido, a unidade precisará retornar com a suspensão e avançar com o processo de encerramento total de suas operações voltadas ao SUS", alertou o hospital.

Em comunicados anteriores, a Secretaria de Saúde informou que as pendências não se referem aos repasses mensais, mas ao complemento dos valores da tabela SUS que o município paga à unidade, reconhecendo que os valores estão defasados.

Suspensão dos serviços

O hospital havia interrompido os atendimentos pelo SUS no dia 1º de outubro, justificando a medida pelos "insuperáveis atrasos nos pagamentos por parte da Secretaria Municipal de Saúde". Segundo a instituição, os atrasos, que em algumas especialidades chegavam a mais de um ano, somavam-se à demora no repasse federal de Autorização de Internação Hospitalar (AIH), dificultando a operação dos serviços.

Na ocasião, Ibrahim Filho, diretor executivo do hospital, destacou a gravidade da situação. Segundo ele, os débitos acumulados pela SMS totalizavam R$ 19,5 milhões. Com isso, mais de 90 funcionários estavam sob risco de perder seus empregos, e a unidade alertava para o possível fechamento de setores essenciais. "É uma situação muito ruim porque atrapalha não só 90 funcionários que estão na UTI neonatal, mas atrapalha as 400 famílias que trabalham no hospital como um todo", afirmou Ibrahim.

O diretor explicou que o déficit financeiro forçou o hospital a utilizar recursos de outros setores para cobrir as lacunas deixadas pela falta de repasse da SMS, comprometendo o funcionamento geral da instituição.


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