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Goiânia, 02/01/25
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Maiores taxas de vagas ociosas são em cursos de licenciatura

Instituições de nível superior ficam com metade das salas de aula vazias em Goiás

21/10/2024, às 08:43 · Por Redação

Dentre as 38,8 mil vagas ofertadas para ingresso nas instituições públicas de ensino superior em Goiás em 2023, praticamente metade ficou desocupada: 18,9 mil, o que representa 49% da oferta. O porcentual foi ainda maior do que o registrado em 2022, quando 41% das vagas em cursos de graduação não foram preenchidas. As maiores taxas de ociosidade são observadas em cursos de licenciatura, enquanto cursos tradicionais de bacharelado, como medicina, apresentam os menores índices.

Levantamento feito pelo Jornal O POPULAR com base nos dados do Censo da Educação Superior 2023, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostra que, dentre os cursos com mais de mil vagas ofertadas para ingresso naquele ano, as formações em licenciatura em geografia, matemática, letras português/inglês, química e história tiveram as maiores taxas de vagas ociosas. Nestes cursos, apenas um terço da oferta foi preenchida.

Por outro lado, os cursos de bacharelado em medicina, medicina veterinária, agronomia e administração, além de pedagogia (licenciatura), tiveram ao menos mais da metade das vagas ocupadas. No caso de medicina, a ociosidade alcançou apenas 1%. O cálculo considera a oferta feita em 42 dos 246 municípios goianos, a grande parte pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal de Jataí (UFJ), Universidade Federal de Catalão (UFCat), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal Goiano (IFGoiano) e Instituto Federal de Goiás (IFG).

No caso das vagas ofertadas em universidades federais, estaduais e municipais, 56,7% das 25,4 mil, o equivalente a 14,4 mil, foram preenchidas no último ano. A instituição utiliza vestibular próprio para ingresso dos estudantes e o edital para ingresso em 2025 segue aberto até esta segunda-feira (21). Nos institutos federais, a oferta foi de 5,9 mil vagas em 2023. Dessas, 3,2 mil (54,4%) foram ocupadas por novos alunos. Gerente do Centro de Seleção do IFG, Alex Cunha comenta que o fenômeno foi impulsionado durante a pandemia e, portanto, as mudanças no mercado de trabalho. Essas alterações, explica, teriam aumentado o desinteresse pelo ensino superior. 


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