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Goiânia, 02/01/25
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Em uma das condenações, Gayer foi condenado por compartilhar nas redes sociais o número de telefone de uma professora

Gayer acumula histórico de denúncias por racismo, assédio e ataques a professores

25/10/2024, às 10:26 · Por Redação

A operação deflagrada nesta sexta-feira, 25, pela Polícia Federal é mais um capítulo na polêmica trajetória do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que agora é investigado por suspeita de desvio de verbas parlamentares. Gayer, já acusado de racismo e de disseminar notícias falsas, teria direcionado recursos públicos a uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) criada com documentos falsificados. Em uma das residências vasculhadas, policiais encontraram R$ 72 mil em espécie, alimentando as suspeitas de um esquema que pode incluir crimes de peculato e falsidade ideológica.

Inflamado aliado de Jair Bolsonaro, Gayer foi condenado juntamente com a colega Carla Zambelli ao pagamento de indenização por danos morais por compartilhar nas redes sociais o número de telefone de uma professora, que havia chamado a parlamentar de fascista em uma mensagem privada. O deputado Gustavo Gayer também foi condenado. A decisão é da 21ª Vara Cível. O pagamento da indenização foi fixado em R$ 3 mil, apesar dos pedidos da professora para receber R$ 117.266,40. Ainda em 2023, várias entidades entraram com ações após uma professora ser demitida de um colégio em Goiânia por usar uma camiseta com a frase ‘seja marginal”. 

O parlamentar também foi denunciado em junho de 2022 ao Supremo Tribunal Federal (STF) por incitação ao racismo após uma declaração durante um podcast, onde, na presença de Gayer, o apresentador comparou o QI da população africana ao de macacos. A denúncia foi levada ao STF por deputadas do PSOL, que acusaram Gayer de induzir discriminação e preconceito racial. Mais recentemente, o deputado associou nordestinos a uma galinha que “se contenta com migalhas”, declaração feita durante um evento de educação na Bahia, que repercutiu amplamente nas redes sociais e foi vista como um desrespeito à população da região.

Reportagem do jornal O Globo destaca ainda, que além das acusações de racismo, Gayer responde também por assédio eleitoral. Em dezembro, o Tribunal do Trabalho de Goiânia o condenou a pagar R$ 80 mil por coagir trabalhadores a votar em Bolsonaro. Segundo o Ministério Público do Trabalho, Gayer teria realizado visitas a empresas durante a campanha de 2022, pressionando os funcionários a votarem no então presidente. A defesa do parlamentar alega que ele apenas apresentou propostas de campanha a convite dos empresários, mas as acusações foram mantidas. Após a condenação, Gayer atacou a procuradora envolvida, chamando-a de “petista histérica” e criticando seu parecer. Com a operação de hoje, que cumpre 19 mandados de busca e apreensão, o histórico de Gayer na política se complica ainda mais, tornando seu caso um dos mais controversos no cenário atual.

 


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