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ReproduçãoCandidato Sandro Mabel relembra operação da PF que aponta fraude e desvio de verbas públicas orquestrados por Gustavo Gayer, aliado de Fred Rodrigues, em Goiânia
Em debate, Mabel expõe esquema de aliado de Fred por uso de crianças em esquema de corrupção
26/10/2024, às 09:33 · Por Redação
Durante o debate eleitoral promovido pela TV Anhanguera na noite de sexta-feira, 25, o candidato à Prefeitura de Goiânia pelo União Brasil, Sandro Mabel, expôs o envolvimento do deputado federal Gustavo Gayer (PL), aliado de Fred Rodrigues (PL), em um suposto esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal (PF). A operação, batizada de Discalculia, investiga uma rede de desvio de recursos envolvendo Gayer e assessores que, segundo as apurações, forjaram documentos e criaram uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) para obtenção de verbas parlamentares.
Mabel chamou atenção para um detalhe inusitado da investigação: a documentação da associação, lavrada em 2003, mostrava que a diretoria era composta por crianças — um presidente de 8 anos, um tesoureiro de 6 anos e um vice-presidente de 9 anos. A assembleia também teria registrado uma bebê de um ano como secretária. “Hoje a Polícia Federal deflagrou uma operação e mostrou que o padrinho dele [Gayer] desviou quase R$ 1 milhão dos cofres públicos e, o que é pior, usando crianças para fazer essa fraude”, declarou Mabel durante o debate.
A Polícia Federal acredita que o grupo comprou uma associação desativada por R$ 6 mil para qualificar a entidade como Oscip e, assim, desviar recursos via emendas parlamentares. Gayer é acusado de usar esse expediente para forjar a base de um esquema de desvio e falsificação, manipulando registros da entidade em cartórios, incluindo a suposta ata assinada por crianças e a bebê, cujo objetivo era tornar a associação apta a captar verbas públicas.
No decorrer da investigação, diálogos entre João Paulo de Sousa Cavalcante, assessor de Gayer, e outros suspeitos foram interceptados pela PF, revelaram a intenção do grupo de estabelecer uma estrutura para "administrar recursos públicos" de forma ilegal. Em um dos trechos divulgados, Cavalcante comenta sobre a "pressão de alguns pastores" para organizar as finanças da associação a fim de obter emendas parlamentares e sugere que a verba destinada ao setor social seria desviada para outros fins.
Na sexta-feira, 25, Gustavo Gayer comentou sobre a operação em suas redes, e tentou desqualificar a operação da PF por ter sido realizada a dois dias do segundo turno. Para ele, a finalidade seria para enfraquecer seu aliado Fred Rodrigues na disputa municipal. A PF, porém, prossegue nas investigações.
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