Mabel planeja ajustar LOA e avalia antecipação de reforma administrativa

Ajustar o Orçamento de 2025 às diretrizes do novo governo e promover uma reforma administrativa estão entre as principais metas do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil). O primeiro encontro oficial de transição aconteceu nesta terça-feira, 29, com a participação das equipes de Mabel e do atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), em um clima amistoso. A expectativa é que o ambiente permaneça colaborativo à medida que a equipe de Mabel inicia a análise dos documentos municipais, cuja primeira reunião técnica está marcada para quinta-feira, 31.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025 foi aprovada com uma margem de 20% para ajustes orçamentários pelo Executivo — menor do que os 30% inicialmente propostos. Coordenador da equipe de transição de Mabel, o emedebista Paulo Ortegal disse ao jornal O Popular que considera esse percentual insuficiente, especialmente em um cenário de crise fiscal. “Diante da complexidade das finanças da Prefeitura, 20% é pouco, e a equipe do novo prefeito discutirá a necessidade de aumentar essa margem”, afirmou.

Em entrevista à jornalista Cileide Alves, Ortegal mencionou a possibilidade de um remanejamento de 30% a 50% dos recursos como ideal para ajustes. “Um percentual maior não traria prejuízo para a Câmara ou para a população e permitiria flexibilidade para adaptações importantes no próximo ano”, afirmou.

Nos bastidores, já há movimentação para discutir mudanças na proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA), que chegou à Câmara no fim de setembro, mas cuja tramitação aguardava o fim do segundo turno. Mabel, Ortegal e os líderes legislativos, como Romário Policarpo (PRD), presidente da Câmara, e Cabo Senna (PRD), presidente da Comissão Mista, devem se reunir para alinhar os ajustes. Cabo Senna, que já se mostrou aberto ao diálogo com a equipe de Mabel, aguarda a escolha do relator para dar andamento à LOA.

Na segunda-feira, 28, Mabel reforçou que uma reforma administrativa para “enxugar a máquina” será prioridade no início de sua gestão. A medida recorda a transição de 2020, quando Maguito Vilela (MDB) assumiu o Executivo e, ainda antes da posse, solicitou ao então prefeito Iris Rezende (MDB) o envio de um projeto de reorganização administrativa à Câmara.

A viabilidade dessa reforma, segundo Mabel, depende da situação fiscal da Prefeitura, que será analisada nas próximas semanas. A bancada de apoio ao novo prefeito se mostra favorável a projetos de ajuste. Ortegal também enfatizou que o levantamento da situação financeira municipal seguirá as normas do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e apontou que a prioridade é “conhecer profundamente as contas da Prefeitura” antes de qualquer decisão sobre a reforma.

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