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Divulgação - SES-GO

Gabinete de crise da Saúde de Goiânia consegue zerar fila de UTI na capital em esforço conjunto do Governo do Estado e município

Fila por leitos de UTI em Goiânia é zerada

28/12/2024, às 08:23 · Por Redação

O Gabinete de Crise da Saúde de Goiânia, coordenado pela Secretaria da Saúde de Goiás (SES), zerou a fila de espera por leitos de UTI na capital em 30 dias. O feito, apresentado na última quinta-feira, 26, ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO), é resultado da cooperação entre a pasta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a comissão de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel. 

Ao todo, 1.944 pacientes foram internados em leitos de enfermaria e UTI. Durante a reunião, o secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, destacou os avanços promovidos pelo gabinete. "Esses resultados demonstram como a gestão diária e contínua dos recursos, aliada à organização e à cooperação entre as esferas estadual e municipal, otimiza o uso de leitos, insumos e demais recursos", afirmou. 

Após a instalação do gabinete, houve a abertura de 20 novos leitos de UTI e a reativação de outros 47 no Hospital Ruy Azeredo, a disponibilização de 16 leitos no Hospital das Clínicas da UFG, e a inauguração de 40 leitos de UTI e de 55 de enfermaria no Hospital Estadual de Águas Lindas. Essa expansão da rede de atendimento em permitiu que a maioria das solicitações por UTI fosse atendida em menos de 24 horas.

Outro marco relevante foi a ampliação do transporte sanitário na capital, que passou de 6 para 11 ambulâncias brancas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também teve sua frota reforçada, saltando de uma média de 9 para 14 ambulâncias em operação, com previsão de chegar a 17. Todos os veículos – de transporte sanitário, urgência e emergência, e administrativo – estão em condições de operar. 

“Esses resultados mostram o comprometimento de um grande número de profissionais de saúde com a vida e o bem-estar da população”, destacou Rasível Santos, acrescentando que o resultado reflete a força da integração entre gestão estadual e municipal e estabelece um novo padrão de eficiência e organização para a saúde pública em Goiânia, beneficiando diretamente a população com mais qualidade no atendimento.

Crise
A realidade de hoje é muito diferente do cenário enfrentado pela população até poucos meses atrás. Entre 2022 e 2024, Goiânia viveu uma das piores crises de saúde de sua história, marcada pela redução de leitos de UTI, superlotação, falta de insumos e um endividamento de R$ 300 milhões com hospitais contratualizados.

Na época, a capital contava com apenas 118 leitos de UTI, número insuficiente para atender a crescente demanda. A precariedade do sistema resultou em mortes evitáveis e sérias denúncias de má gestão, incluindo alegações de desvio de recursos e nomeação de profissionais desqualificados.

Em outubro deste ano, o governador Ronaldo Caiado alertou para o iminente colapso do sistema de saúde durante encontro com médicos. “Estamos enfrentando uma situação delicada. A Santa Casa e o Hospital do Câncer Araújo Jorge já colapsaram, e a Maternidade Dona Iris interrompeu os plantões por falta de verba e material. As UPAs não têm médicos suficientes para atender a população”, afirmou à época.


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