Roberto Naves deve novamente se ausentar de evento oficial com Márcio Correa

A cerimônia de posse do novo prefeito de Anápolis, Márcio Correa (PL), está marcada para as 9h da próxima quarta-feira, 1º de janeiro, no Teatro São Francisco, localizado no Bairro Jundiaí. O evento, que promete clima de celebração, deve mais uma vez acontecer sem a presença do atual chefe do Executivo anapolino, Roberto Naves (Republicanos).

Embora Naves tenha declarado que ainda avalia sua participação, fontes próximas à gestão confirmam ao jornal Opção que ele já decidiu não comparecer, optando por enviar seu vice-prefeito, Márcio Cândido, como representante oficial. A estratégia é a mesma adotada na cerimônia de diplomação de Correa, no último dia 19 de dezembro, quando Cândido representou Naves na Câmara Municipal de Anápolis.

De acordo com interlocutores, a ausência do atual prefeito na posse é uma forma de evitar possíveis desconfortos para ambas as partes. “Evitar constrangimentos tanto para ele quanto para Correa é a melhor solução”, afirma uma fonte ouvida pela reportagem.

A tensão entre Roberto Naves e Márcio Correa, que marcou a campanha eleitoral, ainda repercute nos bastidores da política de Anápolis. A disputa foi repleta de ataques mútuos e investigações policiais que continuam em andamento. Mesmo o processo de transição entre as gestões, que foi considerado administrativamente tranquilo, evidenciou atritos entre os dois líderes.

No início de dezembro, Naves protagonizou mais um episódio polêmico ao criticar, em vídeo nas redes sociais, a Câmara Municipal por rejeitar um projeto que ampliaria o orçamento disponível para a prefeitura no fim de sua gestão. O atual prefeito acusou Márcio Correa de interferir na decisão legislativa, ao que o prefeito eleito rebateu: “Os vereadores estão fazendo seu papel, de fiscalizar. O prefeito está tentando criar uma narrativa contra os parlamentares e os servidores. Trata-se de uma manobra irresponsável, um gesto que prova, mais uma vez, a ineficiência e a falta de planejamento desta gestão”, finalizou.

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