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Volume acumulado em 24 horas é o segundo maior do Brasil em 2025, com impacto direto em bairros e infraestrutura
Chuvas intensas atingem Goiânia e marcam recorde de 19 anos
15/01/2025, às 09:36 · Por Redação
Goiânia enfrentou, entre os dias 12 e 13 de janeiro, o maior volume de chuva em 24 horas nos últimos 19 anos. Foram 135,5 mm acumulados, superando os registros históricos da capital desde dezembro de 2005, quando a precipitação chegou a 136,6 mm. Os dados, divulgados pelo Climatempo e pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), reforçam a gravidade do cenário que afeta a cidade desde o início do mês.
A intensa chuva também colocou Goiânia no segundo lugar nacional em volume registrado em 2025, ficando atrás apenas de Unaí, em Minas Gerais, onde o acumulado foi de 162,1 mm entre 8 e 9 de janeiro. Os efeitos foram severos: o transbordamento do Ribeirão João Leite resultou em alagamentos que isolaram bairros inteiros, deixando moradores e animais ilhados.
O Corpo de Bombeiros atuou na noite de segunda-feira, 13, e na madrugada de terça-feira, 14, para resgatar pessoas em situações de risco. "Utilizamos botes salva-vidas e até uma canoa para garantir a segurança dos moradores", informou a corporação, que destacou o esforço coletivo diante da emergência.
De acordo com André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), os números impressionam. "Já acumulamos 256 mm nos primeiros 14 dias de janeiro, superando a média esperada para o mês, que é de 247,8 mm. E as chuvas devem continuar intensas", alertou.
O Inmet prevê volumes de precipitação entre 30 mm e 100 mm para a maior parte do estado até o dia 15 de janeiro, incluindo Goiânia. Apenas o sul de Goiás deverá ter chuvas mais moderadas, entre 20 mm e 50 mm.
A sequência de chuvas coloca em evidência os desafios estruturais da capital, que enfrenta dificuldades para conter os impactos dos temporais. "A situação exige atenção redobrada e planejamento para minimizar danos à população", destacou Amorim ao jornal O Popular.
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