Fred Rodrigues assume vice-presidência do PL Goiás em meio a crise no diretório estadual

O ex-deputado estadual Fred Rodrigues foi anunciado como o novo vice-presidente do PL Goiás, substituindo o vereador Vitor Hugo na cúpula estadual do partido. A troca ocorre em um contexto de instabilidade no diretório goiano, marcado por disputas internas e interferências da liderança nacional. Na quarta-feira, 22, a comissão provisória do PL Goiás foi oficialmente dissolvida por determinação do diretório nacional. 

Segundo Vitor Hugo, o procedimento segue a normalidade administrativa, já que as comissões provisórias têm prazo de validade limitado a um ano. No entanto, a mudança acentuou a atenção sobre as divergências entre os principais nomes do partido no estado. O atrito entre o deputado federal Gustavo Gayer e o vereador Vitor Hugo, ambos interessados em disputar uma vaga ao Senado em 2026, tornou-se mais evidente nos últimos meses. 

A tensão aumentou após o vereador articular um encontro entre o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A direção do PL emitiu uma nota oficial de repúdio à iniciativa, expondo ainda mais as divisões internas.

Em entrevista a uma rádio nesta semana, o ex-presidente Jair Bolsonaro, presidente de honra do PL, não poupou críticas à gestão do partido no estado. Ele reforçou que a escolha dos candidatos ao Senado será feita diretamente por ele e pelo presidente nacional da sigla, Valdemar da Costa Neto, independentemente das preferências locais.

“A gente vai lançar um candidato por estado do Brasil com o número 222. Não vai ter pechada, não vai ter, ‘cheguei na frente e sou amiguinho’. Goiás é a mesma coisa, não é ‘estou na frente’, não é quem o presidente de Goiás quer. Wilder, não é quem você quer. Todo estado vai passar por mim e pelo Valdemar e nós vamos indicar essas pessoas”, afirmou Bolsonaro, dirigindo-se diretamente ao senador e presidente estadual do PL, Wilder Morais.

A substituição de Vitor Hugo por Fred Rodrigues no alto escalão do PL Goiás ocorre em meio a essa turbulência, com a dissolução do diretório sendo vista como uma manobra para reestruturar o partido no estado. A situação reflete uma crise mais ampla, com disputas entre lideranças locais e a influência direta do diretório nacional sobre as decisões regionais.

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