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Marconi trava embate com Aécio Neves para evitar que PSDB seja anexado por MDB
28/01/2025, às 17:06 · Por Redação
O ex-governador Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, enfrenta um dos momentos mais desafiadores de sua trajetória política. Com a iminente extinção do PSDB, o tucano trava um embate nos bastidores para evitar que o partido seja anexado ao MDB, alternativa que agrada o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). Marconi prefere que o PSDB seja incorporado ao PSD. As informações são do Estado de S. Paulo.
A preferência de Marconi nada tem a ver com a relevância nacional da escolha entre PSD e MDB. A única preocupação do tucano é a local. Em Goiás, os emedebistas sempre foram seus adversários históricos. Ato seguinte ao PSDB se juntar ao MDB, Marconi teria de procurar outra legenda para se abrigar.
Marconi sonha em disputar o governo de Goiás pela quinta vez. Porém, se no MDB as chances são nulas, no PSD a possibilidade pode ser considerada, ainda que também não seja fácil. O senador Vanderlan Cardoso (PSD) tenta aproximar a legenda da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na perspectiva de concorrer à reeleição em projeto antagônico ao desejado por Marconi.
Já Aécio Neves, que hoje detém o controle da direção nacional do PSDB (Marconi é presidente com apoio de Aécio), vê com bons olhos o MDB, partido que poderia lhe dar espaço para disputar a eleição majoritária por Minas Gerais. No PSD mineiro, o cenário é mais complexo, já que a legenda tem nomes para o governo e o Senado.
O atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deve ser candidato ao governo de Minas em 2026, enquanto o atual ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, poderá concorrer a uma vaga ao Senado. Ambos pertencem ao PSD mineiro, o que afasta as pretensões de Aécio.
Cláusula de barreira
Com forte encolhimento nos últimos anos, o PSDB corre o risco de não conseguir ultrapassar a cláusula de barreira nas eleições de 2026: obter 2,5% dos votos válidos para a Câmara Federal em pelo menos 1/3 das unidades da Federação ou eleger 13 deputados federais. Se não ultrapassar a clausura, o partido deixa de ter acesso aos fundos partidário e tempo de rádio e TV. Ou seja, na prática, deixa de existir.
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