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Justiça nega pedido de prisão contra ex-prefeito de Iporá Naçoitan Leite
Justiça nega pedido de prisão contra ex-prefeito de Iporá
06/02/2025, às 10:04 · Por Redação
O juiz Wander Soares rejeitou na última terça-feira, 4, o pedido de prisão preventiva do ex-prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). A solicitação, apresentada no último dia 30, argumentava que o político teria violado reiteradamente medidas protetivas impostas pela Justiça.
Naçoitan foi preso preventivamente em dezembro de 2023, acusado de invadir a casa da ex-esposa e disparar 15 vezes contra a residência dela. No entanto, foi solto em fevereiro de 2024 com uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições.
O MP-GO fundamentou o pedido de prisão em “oito comunicações de violação da área de exclusão do réu”, registradas ao longo de 2024. Segundo o promotor Reginaldo Boraschi, os descumprimentos ocorreram em agosto, outubro e novembro. “A gravidade concreta dos atos cometidos pelo réu e seu comportamento agressivo e recorrente demonstram risco elevado à ordem pública e à integridade física da vítima”, justificou.
Por outro lado, na decisão que negou a prisão, o juiz considerou que as provas apresentadas pela defesa indicavam que não houve dolo por parte de Naçoitan. “Em uma das ocasiões, foi a vítima quem se aproximou do local onde estava o acusado; nas demais, as aproximações ocorreram de forma fortuita”, diz o magistrado no despacho.
Defesa
O advogado de Naçoitan, Eder José Castro Furtado, argumentou que os encontros citados pelo MP-GO se deram de forma acidental, sem intenção do ex-prefeito de desrespeitar as medidas. “Foram cruzamentos em trânsito que não passaram de alguns segundos, sem que a vítima, possivelmente, sequer tivesse percebido”, declarou ao portal Mais Goiás.
Após a decisão favorável, o advogado reiterou sua confiança na Justiça. “Estávamos convictos de que o Judiciário analisaria os fatos de forma justa, pois não houve qualquer violação intencional das restrições impostas ao ex-prefeito”, disse. O caso segue em andamento, e Naçoitan continua sob monitoramento eletrônico, com as medidas protetivas em vigor.
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