Ex-diretor da Prefeitura de Goiânia segue foragido há dois meses

Ex-diretor administrativo da Secretaria Municipal de Educação de Goiânia, Ítallo Moreira de Almeida está foragido há dois meses, desde que a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Overclean, em 10 de janeiro. Ele é acusado de envolvimento em um esquema de corrupção que fraudava licitações e superfaturava contratos públicos, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão. 

Além do cargo na Prefeitura de Goiânia, Ítallo também ocupou posições comissionadas na Secretaria de Educação do Tocantins. Segundo as investigações, ele usava sua influência para favorecer empresas ligadas ao empresário Alex Parente, apontado como líder da organização criminosa. Em troca, teria recebido vantagens ilícitas, com transferências que totalizam ao menos R$ 172,5 mil.

A PF reuniu provas que mostram trocas de mensagens entre Ítallo e Alex Parente, nas quais eram repassadas informações bancárias para movimentação de dinheiro desviado. Para dificultar a rastreabilidade das transações, o ex-diretor apagava as mensagens logo após a confirmação dos recebimentos.

A Operação Overclean investiga um esquema que desviava recursos públicos por meio de emendas parlamentares destinadas a obras e serviços. Além de Ítallo e Alex Parente, outros nomes ligados ao grupo criminoso estão entre os principais alvos, como Fábio Rezende Parente e José Marcos Moura, conhecido como o "rei do lixo" na Bahia.

Pedido de prisão
O mandado de prisão preventiva contra Ítallo foi expedido pela Justiça e, posteriormente, um habeas corpus para revogar a ordem foi negado pela desembargadora Danielle Maranhão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em 14 de janeiro. Já em 28 de janeiro, a Procuradoria Regional da República encaminhou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde será analisado pelo ministro Kassio Nunes Marques.

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