Coluna do Pablo Kossa: Fim da Comurg é a única solução possível

O papo reto agora é entre mim e você, olho no olho de goianiense pra goianiense. Conversa séria entre nós que nascemos respirando fumaça do Eixo Anhanguera e comendo X-Tudo na 10. Lugar de fala não nos falta pois transbordamos nostalgia cada vez que passamos na porta do Mutirama. Velho, na boa, a real é que a Comurg não dá mais.

A única solução possível para esse CNPJ é a liquidação. Não dá mais para o goianiense carregar esse fardo. O apego à marca não justifica tanto gasto. É preciso virar a página e fechar a Comurg.

Não se trata de uma atitude inconsequente. Muito pelo contrário. Esta solução cabal passeia pela mesa dos prefeitos de Goiânia desde a gestão de Paulo Garcia. Iris Rezende recebeu o mesmo diagnóstico e não agiu. Tal qual aconteceu com Rogério Cruz. Estamos mais de década atrasados. Enquanto o serviço da Comurg vai de mal a pior, cada vez mais insatisfatório e drenando uma fábula de dinheiro goianiense.

É claro que não é justo que competentes servidores concursados sejam largados na rua da amargura. É perfeitamente possível articular um projeto na Câmara de Vereadores que reaproveite essa mão de obra qualificada na estrutura administrativa do Paço Municipal. Jurisprudência goiana para algo assim já existe. A Alego aceitou os servidores da liquidada Caixego na administração estadual. Não vejo dificuldade política para que algo semelhante seja encaminhado junto aos parlamentares da capital.

A população precisa de uma cidade limpa e zeladoria eficaz. A Comurg não oferta isso há anos. Na verdade, as últimas notícias são de salários astronômicos, acordos judiciais pouco ortodoxos e departamentos do órgão que são feudos obscuros de vereadores e deputados. Não dá mais.

A Comurg representa hoje pra capital o que a saúva foi para o Brasil do século XIX: ou Goiânia acaba com a Comurg ou a Comurg acaba com Goiânia. Que o prefeito Sandro Mabel tome a decisão correta que seus antecessores fraquejaram.

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