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Casos de coqueluche aumentam em Goiás e especialistas reforçam importância da vacinação; em 2024, Estado registrou 61 casos confirmados da doença entre 170 notificações
Casos de coqueluche aumentam em Goiás e especialistas reforçam importância da vacinação
20/02/2025, às 10:12 · Por Redação
O avanço dos casos de coqueluche em Goiás acendeu um alerta entre autoridades de saúde e especialistas. Apenas em janeiro de 2025, cinco novos casos foram confirmados, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). No ano anterior, 61 casos foram registrados entre 170 notificações, o que evidencia um crescimento preocupante da doença.
A coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, e atinge principalmente crianças. Os sintomas incluem tosse intensa e persistente, que pode evoluir para crises de falta de ar e dificuldades respiratórias. Em bebês e crianças pequenas, a infecção pode levar a complicações graves e exigir internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
A principal forma de prevenção é a vacinação com a DTP (Difteria, Tétano e Coqueluche), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a cobertura vacinal no estado segue abaixo da meta recomendada pelo Ministério da Saúde, que é de 95% para garantir proteção coletiva.
Apesar de avanços, os índices de vacinação ainda não são ideais. Em Aparecida de Goiânia, a taxa de imunização chegou a 88% em 2024, um crescimento significativo em relação a 2022, quando era de apenas 48%. Já em Goiânia, o percentual está em 83%, ainda insuficiente para impedir surtos da doença.
Para o pediatra Pedro Conelian, do Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), a baixa adesão à vacinação facilita a disseminação da bactéria. “Quando a vacinação não atinge uma cobertura adequada, a bactéria circula com mais facilidade, aumentando o risco de surtos. A vacina de coqueluche é segura e eficaz, mas sua proteção só funciona quando todos os grupos estão imunizados”, afirmou ao portal Mais Goiás.
No HMAP, crianças que apresentam sintomas da doença passam por exames de PCR para confirmação do diagnóstico. Em 2025, já foram registrados três casos no hospital, além de dois no fim de 2024. A transmissão da coqueluche ocorre por meio de gotículas eliminadas ao tossir ou espirrar, atingindo pessoas de todas as idades.
Entretanto, bebês que ainda não completaram o esquema vacinal são os mais suscetíveis a complicações. O Ministério da Saúde reforça a importância da imunização como estratégia essencial para conter a doença. O esquema vacinal da DTP prevê doses a partir dos dois meses de idade, com reforços ao longo da infância.
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