Flávia Morais pode deixar o PDT, mas George Morais deve permanecer na presidência estadual

A deputada federal Flávia Morais (PDT) deve deixar o partido em breve, possivelmente assim que a janela partidária for aberta. O movimento acontece em um momento de reavaliação estratégica, já que a sigla pode não atingir o quociente eleitoral em 2026. Apesar da saída de Flávia, seu marido, o deputado estadual George Morais, deve permanecer no comando do PDT em Goiás.

Com forte atuação política e influência consolidada em diversos municípios goianos, Flávia Morais tem sido um nome de destaque no cenário eleitoral. Em 2018, foi a segunda deputada federal mais votada do estado, com 169.774 votos (5,6% dos válidos), ficando atrás apenas do Delegado Waldir Soares. No entanto, em 2022, sua votação caiu para 142.155 votos (4,12%), uma redução de 27.619 votos. O resultado acendeu um alerta na equipe da parlamentar, que passou a considerar novas alternativas partidárias.

Ao menos quatro partidos já demonstraram interesse em Flávia Morais: o Progressistas (PP), liderado em Goiás pelo deputado federal Adriano do Baldy; o Republicanos, do deputado federal Jeferson Rodrigues; o Avante, ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto; e o PSD, sob a liderança do senador Vanderlan Cardoso.

Diante da possível saída de Flávia, o presidente nacional do PDT e ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, tentou articular uma nova liderança para o partido em Goiás. Ele, conforme informações do jornal Opção, chegou a convidar um deputado federal do estado para assumir a presidência da sigla, mas o parlamentar recusou, temendo que o PDT não consiga eleger um deputado federal na próxima eleição. Outro convite foi feito a um deputado estadual, que também não deu resposta positiva.

Sem adesão para uma mudança no comando, a tendência é que George Morais continue à frente da legenda no estado, mesmo com a saída de sua esposa.

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