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Vilmar Rocha aponta outros nomes mais importantes que Sarney no processo de redemocratização
Vilmar Rocha rebate Sarney ‘herói’ da redemocratização: ‘foi um péssimo presidente’
17/03/2025, às 11:08 · Por Redação
O ex-deputado federal Vilmar Rocha (PSD) rebateu uma fala do ex-presidente José Sarney à Folha de S. Paulo sobre o período de redemocratização no Brasil após o golpe de 1964: “Quer posar para a narrativa, ele chegou ocasionalmente, foi bom politicamente, mas foi um péssimo presidente”, disse ao jornal Opção.
Sarney disse na entrevista que seu primeiro desafio era se
legitimar na presidência da República. “Durante todo o tempo eu tive que fazer
um processo de engenharia política que assegurasse a transição democrática”,
relatou Sarney, que assumiu após a morte de Tancredo Neves antes mesmo da
posse. Seu governo foi marcado por inflação crescente e tentativas frustradas
de estabilização. O Brasil enfrentava uma crise de dívida externa escalada no
Governo Militar, que explodiu nos anos 80, conhecida como década perdida.
Para Vilmar, Sarney foi habilidoso politicamente depois de
assumir a presidência, no entanto, ele pontua que outros nomes da Frente
Liberal que foram responsáveis pelas articulações que elegeram a chapa. “O
grande nome, inclusive muito injustiçado, é o de Areliano Chaves,
vice-presidente de João Figueiredo. Foi ele o responsável por articular a divergência
dentro do governo militar para o processo de redemocratização”, afirma. Os
dissidentes eram contrários à candidatura de Paulo Malluf na sucessão de João
Figueiredo, o último presidente.
Para Vilmar Rocha, o ex-presidente está “surfando” na
memória do processo de redemocratização do país. “O Sarney só entrou no final.
Quem tocou isso foi o Aureliano, Marcos Maciel e Jorge Borhauer, dentro do
PDS”, afirmou. Ele acrescenta que uma dúvida jurídica sobre a candidatura de
Maciel fez com que Sarney fosse o vice na chapa com o candidato mineiro. “O
Sarney não seria vice, ia ser o marco Maciel, mas tinha um temor sobre um
processo de infidelidade partidária”, garante.
Vilmar lembra que Maciel, que foi contemplado com o
Ministério da Educação na gestão de Sarney, tinha a preferência de Tancredo
Neves para ocupar a vice. “Ele não pôde porque o PDS ameaçou se ele não votasse
no candidato eleito PDS ele poderia ser caçado. Aí ele recusou, não quis ser
vice do Tancredo”.
O governo Figueiredo falava em abertura, mas temia um presidente hostil. A emenda do deputado Dante de Oliveira, que previa as eleições diretas, foi rejeitada pelo Congresso Nacional. Neste contexto a Frente Liberal abriu dissidência e fez uma aliança com o PMDB para a eleição do Tancredo. A anistia ampla, geral e irrestrita foi aprovada. O grupo também era
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