Raquel Lira, Cidadania e agora Eduardo Leite: PSDB de Marconi Perillo encolhe a cada dia

O ex-governador Marconi Perillo tornou-se uma espécie de gestor da ‘massa falida’ do PSDB. Desde que assumiu a presidência, em 2023, o tucano assiste a uma debandada e a uma incerteza cada vez maior sobre o futuro da legenda. Internamente, as lideranças que sobraram debatem sobre a possibilidade de fusão, federação ou incorporação por um partido maior nos próximos meses. 

Fragilizado pelos desempenhos ruins em seguidas eleições, o PSDB se viu obrigado a formatar uma federação com o Cidadania para manter algum protagonismo em 2022 – leia-se, fundo partidário e eleitoral. Sem votos suficientes para ultrapassar a ‘clausula de barreira’, com um funil cada vez menor, o PSDB acaba de perder a parceria com o Cidadania, que aprovou em reunião da direção nacional o desenlace oficial.

A perda do Cidadania não foi a única baixa que Marconi amargou recentemente. Antes, a governadora do Pernambuco, Raquel Lira, anunciou a troca do PSDB pelo PSD de Gilberto Kassab em busca de respaldo político para tentar a reeleição em 2026. 

Agora, o governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, também ameaça deixar o PSDB em busca de um partido que abrigue sua pré-candidatura à presidência da República. O PSDB disputou todas as eleições presidenciais entre 1989 e 2018 com candidatura própria, mas hoje não mantém capilaridade para entrar na disputa.  

Marconi ainda reluta em ver o PSDB ser incorporado pelo PSD ou pelo MDB, espécie de retorno às origens. Na visão dos tucanos, uma fusão (e não uma incorporação) manteria algumas marcas históricas e legados considerados importantes. 

Sem Raquel, sem o Cidadania e, possivelmente, sem Eduardo Leite, Marconi também perde consideravelmente qualquer margem de negociação com outros partidos em busca de parceria para ter alguma sobrevida ao PSDB.

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