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Goiânia, 06/04/25
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Um grupo de enfermeiros realizou um protesto em frente ao HC-UFG na última quarta-feira, 19, cobrando medidas contra o assédio moral dentro da unidade de saúde

Médico do HC-UFG é denunciado por assédio moral e afastado durante investigação

21/03/2025, às 09:31 · Por Redação

O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), em Goiânia, afastou preventivamente um médico e a chefe de Enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulta após denúncias de assédio moral. O caso, que veio à tona por meio de relatos de servidores, aponta que a profissional vinha sofrendo episódios recorrentes de humilhação pública desde outubro de 2022.

A denúncia, que gerou mobilização de sindicatos e protestos dentro da unidade hospitalar, descreve que o médico acusado teria expulsado toda a equipe de enfermagem de uma reunião na UTI, além de desautorizar sistematicamente a chefe do setor. Segundo os denunciantes, a conduta teria criado um ambiente de trabalho hostil, dificultando a comunicação entre os profissionais.

Em nota oficial, o HC-UFG, vinculado à Rede Ebserh, confirmou que instaurou um processo interno para apurar as acusações. “O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC UFG) informa que já foi instaurado processo interno para analisar as denúncias de assédio entre colaboradores da UTI adulto. Dois profissionais foram afastados preventivamente enquanto ocorre essa avaliação, que é conduzida de forma sigilosa”, declarou a instituição.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) afirmou que ainda não foi formalmente comunicado sobre o caso. “Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico”, informou o órgão.

Protestos
A denúncia provocou manifestações dentro do hospital. Na quarta-feira, 19, um grupo de enfermeiros realizou um protesto em frente ao HC-UFG, cobrando medidas contra o assédio moral dentro da unidade. Antes disso, profissionais da UTI Adulta fixaram uma faixa na entrada do hospital com os dizeres: “Chefe assediador! Não! Os profissionais da UTI Adulto estão adoecidos”. No entanto, a administração do hospital teria removido a faixa cerca de uma hora depois, o que aumentou a indignação dos funcionários.

Coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior de Goiás (SINT-IFESgo), Fernando Mota afirmou ao jornal Opção que um documento foi enviado à direção do hospital cobrando esclarecimentos sobre os procedimentos adotados na apuração da denúncia. A entidade também pediu informações sobre outras possíveis ocorrências de assédio em diferentes setores da unidade.


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