Falsa enfermeira presa por lesão corporal grave já se apresentou como médica e candidata a vereadora

Maria Silvânia Ribeiro da Silva, de 39 anos, foi presa pela Polícia Civil de Goiás sob suspeita de exercício ilegal da enfermagem e de provocar lesões corporais graves em pacientes de sua clínica de estética em Aparecida de Goiânia. A investigação revelou que ela utilizava diplomas falsos para atuar na área da saúde e já havia se apresentado como médica e candidata a vereadora.

Em 2024, Maria Silvânia concorreu ao cargo de vereadora em Aparecida de Goiânia pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), utilizando o nome de "Dra. Silvânia". Na ocasião, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possuir ensino superior completo e exercer a profissão de médica. Em suas redes sociais, promovia sua candidatura destacando compromisso e dedicação ao bem-estar da cidade.

A prisão ocorreu durante a operação "Beleza Sem B.O.", deflagrada após denúncias de que procedimentos estéticos realizados por Maria Silvânia resultaram em complicações graves. Uma das pacientes precisou ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e submetida à intubação após a aplicação de substâncias injetáveis na clínica da suspeita.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Débora Melo, Maria Silvânia apresentou inicialmente um diploma falso de biomedicina, não reconhecido pela instituição de ensino mencionada. Posteriormente, apresentou outro diploma falso de enfermagem, conseguindo, assim, registro no Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO). Com esse registro, obteve acesso a substâncias de venda controlada utilizadas nos procedimentos estéticos.

Nas redes sociais, Maria Silvânia compartilhava fotos vestindo beca de formatura, sugerindo ter concluído um curso superior. Entretanto, as investigações apontam que tais informações eram falsas. O Coren-GO informou estar ciente do caso e que tomou as medidas cabíveis, notificando o Judiciário, a Polícia Federal e os conselhos de enfermagem competentes.

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