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Goiânia, 24/04/25
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Dentro da mata, no Bosque dos Buritis, visitantes buscam sexo de forma natural

Parque em Goiânia vira atração entre adeptos de sexo casual com desconhecidos

21/04/2025, às 12:33 · Por Redação

O Jornal Opção trouxe reportagem sobre a utilização do Bosque dos Buritis, primeira e mais tradicional área verde da Capital por adeptos de sexo ao ar livre. 

A prática como apontada pelo veículo de comunicação tem sido frequente em horários como madrugada e almoço tanto por homossexuais como heterossexuais. 

A Agência Municipal de Meio Ambiente de Goiânia (Amma), diz que realiza diversas operações de fiscalização ambiental no local. Em uma das ações, mais de 3 mil camisinhas

e embalagens de preservativos foram removidos do local.

Além das operações de limpeza, o parque precisou mudar as regras, sendo permitido o acesso apenas mediante acompanhamento de guia da agência, das 8h às 16h. Já a área de convivência, a parte interna, tem acesso permitido das 7h às 22h. No entanto, o parque fica aberto durante todos os horários do dia, sendo possível a entrada de qualquer pessoa.

Veja a matéria na íntegra do Jornal Opção: 

Dois rapazes conversam enquanto caminham lado a lado desde a entrada do Bosque dos Buritis, no Setor Oeste, em Goiânia, até o monumento à paz, do artista goiano Siron Franco. Sorriem, tocam um no ombro do outro. Caminham e conversam: “Vamos desbravar a mata”.

Seria uma cena típica de uma tarde qualquer de uma segunda-feira pela manhã, ou no fim da tarde de um quinta-feira fresca ou mesmo no nascer do Sol num domingo movimentado, não fosse um detalhe: são 3h da manhã de uma sexta-feira. A sexta-feira da Paixão.

Esses e tantos outros rapazes buscam nas trilhas e nas matas escuras do parque uma lugar para uma diversão frequentemente sem testemunhas, mas perceptível a olhos um pouco mais atentos.

Quando avistam um terceiro sujeito, eles se aproximam, ainda que meio desconfiados e pergunta: “O que você curte?”. A resposta é inaudível pela distância. Os dois rapazes que chegaram juntos agora se separam, um deles sai em direção à mata escura com o outro, um total desconhecido.

Vinte minutos depois do primeiro contato, os dois homens saem da mata por outra trilha e cada um vai para um lado. O homem procura o amigo que também encontrou um “date” naquela madrugada. A todo momento, enquanto isso, homens jovens e até mais velhos caminham no passeio ao redor dos lagos, entram e saem do parque.

Dentro da mata, ninguém pergunta nome, idade, profissão. Os visitantes são objetivos, escondidos pela escuridão da noite nublada. Abordados pela reportagem, que pergunta sobre a prática sexual no Bosque dos Buritis, os rapazes dizem que o que sexo no parque ocorre de forma natural. “O pessoal vem para se encontrar e aí rola o clima, rola a química e é isso”, diz.

A prática no Bosque dos Buritis não é uma exclusividade dos casais e jovens homossexuais. Casais heterossexuais também se aproveitam da cortina formada pela densidade da mata em meio às trilhas, apoiados sobre alguma árvore, seja pela manhã, final de tarde ou no começo da noite.

“Aqui você assiste toda hora, de manhã cedo é até melhor. De manhã os casados saem de casa e vem pra cá pra dar uma”, comenta o rapaz. Ele diz, inclusive, que o parque ganhou um apelido carinho: “Bosquete dos Buritis”.

Homens que se identificam como heterossexuais também vão ao parque, principalmente pela manhã, e revelam-se adeptos da prática de se aliviar com outros homens. Em alguns casos, não há muito toque físico entre os participantes — ficam próximos uns dos outros, se masturbam, praticam sexo oral de desconhecidos e vão embora.

Os olhos e ouvidos estão sempre atentos a qualquer movimentação, seja pelo desejo de encontrar mais um parceiro ou pelo medo e receio de batidas policiais que acontecem no parque para coibir a prática.

O encontro pode ocorrer de forma espontânea, entre participantes que aguardam no local e abordam visitantes caminhando pelo parque, ou com hora e local marcado. Entre as aventuras está também a modalidade em grupos — três a cinco completos desconhecidos se juntam para fazer sexo em meio à mata. Esses encontros costumam ser previamente marcados antes pelas redes sociais ou grupos em aplicativos de mensagens.

De acordo com um praticante, essas aventuras são mais organizadas. “Como precisa juntar essas pessoas e conversar, temos muito cuidado com não perder o anonimato de cada um. Muitas vezes são pessoas que não são assumidas ou que apenas gostam de transar com desconhecidos. Aqui vem gente de carrão, gente importante, político, policial, motorista de uber, novinho e mais velho”, revela.

Entre as poucas exigências está o uso do preservativo. São dispensadas somente depois do uso, no chão mesmo. Elas se amontoam pelo local e emporcalham uma das áreas de preservação ambiental mais importantes da Capital.



Bosque dos Buritis Sexo