Nova investigação contra Marconi Perillo ficou para a fase 3 da Operação Decantação?

As duas etapas da Operação Decantação pouco avançaram sobre o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Os recursos desviados da Saneago, de acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), abasteceram campanhas do tucano em Goiás. Políticos próximos a ele foram presos mas, até aqui, Marconi saiu praticamente ileso.

A ação da Polícia Federal (PF) desta quinta-feira, 28, prendeu o ex-chefe de gabinete de Marconi, Luiz Alberto de Oliveira. Bambu, como era conhecido, comandava o esquema que jorrou dinheiro público de contratos da Saneago nas campanhas eleitorais de Perillo e outros políticos do PSDB. A PF encontrou mais de R$ 2 milhões em dinheiro com o homem de confiança do ex-governador.

Antes, em agosto de 2016, a primeira etapa da Operação Decantação já havia levado para a cadeia homens próximos ao ex-governador de Goiás. Foram presos naquela etapa o então presidente da Saneago, José Taveira, e o presidente do PSDB goiano, Afrêni Gonçalves. Até então, os dois gozavam da confiança de Marconi.

Ao deflagrar nova etapa para apurar crimes que haviam sido denunciados há quase três anos, chamou a atenção que novamente a Operação Decantação não tenha alcançado Marconi Perillo. A prisão de José Eliton (PSDB), que o sucedeu no governo em 2018, chegou a ser pedida e depois descartada, mas o principal nome do PSDB no Estado segue imune. 

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