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Goiás é celeiro dos principais escritórios de música do país. A Audiomix do festival Villa Mix e Workshow (Festeja, Eskuta e Pecuária de Goiânia) duelam pelo milionário mercado de entretenimento
Gigantes goianos do entretenimento acirram disputa milionária
13/04/2019, às 00:01 · Por Diene Batista
Goiás é celeiro dos principais escritórios de música do país. A Audiomix do festival Villa Mix e Workshow (Festeja, Eskuta e Pecuária de Goiânia) duelam palmo a palmo pelo milionário mercado de entretenimento.
Com sede na cidade de Goiânia (GO), a AudioMix começou em 2.000 e teve a dupla Jorge e Mateus como a primeira de seu casting. O festival, por sua vez, inicia 11 anos depois com a primeira edição do Villa Mix festival. Em 2012 surge o principal concorrente o Workshow, com o Festeja.
Com cachês nas alturas e bilhetes cada vez mais caros do concorrente, o novo escritório consegue entrada no mercado com preços mais acessíveis e artistas que rapidamente entram no gosto popular como Marília Mendonça, Henrique e Juliano e logo depois Zé Neto e Cristiano.
Comum entre as duas empresas, o contrato tende a ser de médio prazo, de 5 a 10 anos. A parceria prevê que 50% dos cachês dos shows fiquem para o escritório e os outros 50% ficam para o artista. Se houver uma terceira pessoa ligada ao evento, a porcentagem sai da parte do ganho do artista. Antes, a maioria trabalhava no esquema 30% (empresário/escritório) e 70% (artista).
A principal vantagem, conforme relato um empresário do ramo, é que o artista não precisa se preocupar com a agenda. “Um prefeito ou organizador de evento liga e já pede a grade fechada o que limita o mercado para quem está fora de um dos dois escritórios”, diz.
Um exemplo disso é do cantor Gusttavo Lima, que rompeu um contrato com a Audiomix em 2014 e foi processado pelo escritório após ele declarar que estava sendo “muito roubado”. A parceria foi reatada esse ano e promete ser uma das novidades do festival Villa Mix que ocorre nos dias 29 e 30 de junho no Estádio Serra Dourada. O cachê que girava em torno de 300 mil caiu pela metade, assim como a demanda de shows.
O festival, que ainda não teve a grade de artistas divulgada para 2019, lança o tema para a nova temporada em Goiânia, o mesmo palco corre depois o país pelos próximos 12 meses. Cerca de 130 mil ingressos são vendidos em dois. Desde 2017 atrações internacionais passaram a compor o lineup. Nomes consagrados como Coldplay e Marron 5 são ventilados para este ano.
O Festeja do Workshow, por outro lado, encerrou suas edições em 2016 na capital após aliar que a cidade não comportava dois eventos desta magnitude. Houve uma tentativa no inverno de Caldas Novas em 2017, que fracassou. Sem conseguir competir com a Audiomix em festivais no Estado, a empresa fechou parceria com a Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) na festa da pecuária. No acordo, o escritório fica com a bilheteria do evento. A marca Festeja segue no Rio de Janeiro e o Skuta em São Paulo.
Na tentativa de se manterem competitivos, ambos os escritórios apostam na diversificação do cardápio de atrações. Enquanto a Workshow adquiriu o pagode baiano de Leo Santana, a Audiomix já havia incluído o forró com Wesley Safadão e Xand Avião e o funk paulista de Kevinho.
O escritório pensa, agora, em ter também como opção uma atração gospel e um axé para facilitar a vida do contratante.
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