Inflação em Goiânia tem maior alta no mês em 12 anos

A escalada dos preços ao consumidor no país todo também atinge o bolso do goianiense. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação para as famílias com renda de até 40 salários mínimos mensais, subiu 0,79% em Goiânia no último mês de maio, a maior alta dos últimos 12 anos. Este aumento do custo de vida na capital foi resultado de novos reajustes nos preços dos combustíveis, de vários cortes de carnes e da energia elétrica, segundo pesquisa divulgada ontem pelo IBGE. Com isso, a inflação acumulada no ano já atingiu 3,07%.

Os preços dos combustíveis, que já acumulam uma significativa alta média de 56,6% nos últimos 12 meses, continuaram subindo em maio. Somente no mês passado, o reajuste foi de 4,93%. Outra pressão significativa sobre o custo de vida em Goiânia veio dos preços das carnes, que subiram mais 2,8% em Goiânia e já acumulam um reajuste médio de 38% em um ano, com destaque para a carne bovina. 

Dos nove grupos pesquisados, oito tiveram variações positivas no mês. No grupo de transportes, a alta média foi de 1,77%, o que pesou muito no cálculo do IPCA. O etanol ficou 10,28% mais caro, a gasolina subiu 3,89% e o preço do óleo diesel aumentou 4,21%. Entre os alimentos, o destaque foi para os cortes de carne bovina: patinho, que teve alta de 3,15%, músculo, com reajuste de 2,72%, e a costela, que ficou 2,38% mais cara. 

Os produtos e serviços que compõem o grupo Habitação também tiveram uma alta média de 1,13% no mês passado. O grande destaque foi a elevação de 3,83% no custo da energia elétrica residencial, por conta da crise hídrica no País. Isso porque, em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 nas contas de energia cada 100 kWh (quilowatt-hora) consumidos pelos brasileiros.

Acumulado 

Em 12 meses, o preço do óleo de soja já subiu 88,58%, o etanol acumula uma alta de quase 69% e a gasolina ficou 54,85% mais cara para o motorista que abastece na capital. O arroz hoje está 51,9% mais caro que no mesmo período do ano passado.

 

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