Desemprego cresce e Goiás tem segunda maior alta do Brasil em 2019

 A taxa de desemprego em Goiás atingiu 10,7% no primeiro trimestre, aumento de 2,5 pontos porcentuais. A segunda maior variação do país -  atrás apenas do Acre, que teve alta de 4,9 pontos, e a segunda maior taxa de desocupação no Estado para o primeiro trimestre da série histórica, iniciada em 2012.

Segundo o IBGE 76 mil goianos já procuram emprego há mais de dois anos no Estado. Este número, que era de 62 mil no quarto trimestre de 2018. O superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, lembra que Goiânia e Região Metropolitana apresentaram a menor taxa de desocupação do País no primeiro trimestre: 7,2% e 8%.

Isso significa que a situação é pior nos municípios do interior. “Na capital, é mais fácil para a pessoa conseguir algum trabalho por conta própria, com aplicativos, por exemplo”, diz. O resultado é que muitos municípios estão perdendo população. Goiás também atingiu o maior quantitativo de subutilização da força de trabalho na série histórica: 18,7%.

Enquanto a cada grupo de 100 goianos, quase 11 estão desempregados, o número de desalentados, ou seja, pessoas que já desistiram de procurar emprego, passou de 74 mil para 80 mil em 2019, e nem entram no índice de desocupação. “Com medo de perder o emprego, muita gente passa a consumir menos, o que prejudica ainda mais o mercado”, ressalta Edson.

No país, a taxa subiu de 12% para 12,4% com 13 milhões de pessoas desempregadas, destes 5,2 milhões procuram emprego há mais de 1 ano. Esse universo representa 38,9% dos desempregados no país. 

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