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João de Deus foi preso em dezembro de 2018, mas cumpria prisão domiciliar em Anápolis desde março passado, em função da pandemia da Covid-19
Mais uma derrota: audiência de custódia mantém João de Deus em regime fechado
29/08/2021, às 14:01 · Por Eduardo Horacio
A Justiça de Goiás manteve, em uma audiência de custódia
realizada na sexta-feira, 27, a prisão em regime fechado de João de Deus depois
que o Ministério Público apresentou denúncia contra ele. O idoso é acusado de
uma série de abusos sexuais contra mulheres durante atendimento espirituais.
João de Deus sempre negou as acusações. Ele voltou pro
regime fechado desde quinta-feira, 26, em Anápolis, após denúncia oferecida
pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) pelo fato das vítimas não se sentirem
seguras com a prisão domiciliar. João de Deus é acusado de cometer crime de
estupro contra oito mulheres.
A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça Luciano
Miranda Meireles, que coordenou a força-tarefa do MP-GO para apurar os crimes
cometidos por João de Deus. Ao todo, a Promotoria de Justiça de Abadiânia cita
44 vítimas, mas como a maioria dos crimes prescreveu, as mulheres são
testemunhas dos casos ocorridos na Casa Dom Inácio de Loyola.
João de Deus foi preso em dezembro de 2018, mas cumpria
prisão domiciliar em Anápolis desde março passado, em função da pandemia da
Covid-19. No grupo de risco, o médium tem 79 anos e tem comorbidades.
A defesa de João de Deus afirmou que recebeu com surpresa a
medida e que irá recorrer da decisão. Segundo a defesa do médium, houve
flagrante ilegalidade na nova prisão, pois a decisão da comarca de Abadiânia
atropela uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, que havia concedido
prisão domiciliar humanitária.
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