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Foto: DivulgaçãoMesmo com a redução dos custos e investimentos em modernização, a UFG enfrenta uma realidade “dramática”, de acordo com Edward Madureira
Edward Madureira reporta déficit de 20 milhões e luta para UFG não fechar
12/10/2021, às 16:07 · Por Eduardo Horacio
Em artigo publicado em O Popular no último
domingo, 10, o reitor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira
Brasil, reportou a dramática situação financeira vivida pela universidade e que
ameaça sua capacidade de funcionamento. Mesmo com corte de despesas, a UFG tem
um déficit acumulado no ano de R$ 20 milhões motivado, sobretudo, pela
diminuição de repasse do governo federal.
“Desde agosto de 2020, por ocasião do envio da Lei
Orçamentária Anual ao Congresso Nacional, divulgamos alerta sobre o risco que a
UFG correria de não conseguir concluir suas atividades nesse ano de 2021. Tal
alerta teve como base o corte de cerca de 18% na LOA que somado às reduções
orçamentárias de anos anteriores e aos impactos decorrentes do desmembramento
das duas novas universidades federais do estado, levariam à impossibilidade
absoluta de arcarmos com as despesas de manutenção da instituição”, explicou
Edward.
O reitor da UFG destacou que, diante do cenário de perda de
receitas, implementou uma política interna de redução de custos, mesmo sabendo
que alguns cortes seriam danosos para o pleno funcionamento da instituição.
Somados aos investimentos em modernização do sistema de segurança e painéis
fotovoltaicos, levaram a uma redução de despesas de R$ 13 milhões no ano.
Mesmo com a redução dos custos e investimentos em
modernização, a UFG enfrenta uma realidade “dramática”, de acordo com Edward
Madureira. Segundo ele, o descompasso financeiro pode levar a interrupção de
fornecimento de diversos serviços e o próprio funcionamento da instituição.
“As despesas anuais de custeio da instituição eram da ordem
de R$ 78 milhões em 2020, que somadas a um passivo do ano anterior de R$ 8
milhões, totalizaram em uma necessidade de recursos de R$86 milhões em 2021.
Diante de um orçamento reduzido para 53 milhões, mesmo considerando o grande
esforço de economia, foi gerado um déficit de R$ 20 milhões que inviabiliza o
pagamento das despesas da universidade nos 4 últimos meses do ano”, relatou o
reitor da UFG.
Edward Madureira afirmou que, diante do cenário financeiro
caótico, está mobilizando parlamentares, governo federal e demais atores da
sociedade para manter a UFG de portas abertas e em pleno funcionamento. Por
fim, o reitor destaca que a instituição movimenta R$ 2 bilhões, injetados na
economia do Estado em forma de salários, recursos para pesquisa, projetos de
extensão e cultura captados junto aos governos, empresas e organizações do
terceiro setor.
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