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Foto: Júnior Guimarães
“A Celg Distribuidora, sem poder reajustar tarifa, chegava a uma arrecadação de R$ 10 bilhões por ano e a Celg T tem uma arrecadação de R$ 280 milhões, veja a diferença estratosférica entre as duas"
Caiado compara sucesso de leilão da Celg T com desastrosa privatização da Celg Distribuição
14/10/2021, às 18:04 · Por Eduardo Horacio
Presente no leilão que vendeu a Celg Transmissão S.A (Celg
T), o governador Ronaldo Caiado comemorou o sucesso da operação e comparou com
a privatização da Celg Distribuição, que gerou baixa arrecadação e um alto
endividamento para o Estado. A Celg D foi negociada em 2016 durante a gestão do
ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e coube a Goiás pouco mais de R$ 1,1
bilhão.
“A Celg Distribuidora, sem poder reajustar tarifa, chegava a
uma arrecadação de R$ 10 bilhões por ano e a Celg T tem uma arrecadação de R$
280 milhões, veja a diferença estratosférica entre as duas. Hoje nós estamos
vendendo uma Celg Transmissão e quase dá para comprar duas vezes o que Goiás
recebeu com a Celg Distribuidora, sem levar um centavo de prejuízo para o
tesouro”, comparou Ronaldo Caiado.
O governador lembrou que só de empréstimos contraídos junto
ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Caixa
Econômica Federal são quase R$ 5 bilhões. Somando o passivo que o Estado
precisa repassar mensalmente à Enel, empresa que comprou a Celg Distribuição,
são mais R$ 2,5 bilhões, durante 29 anos. Dessa forma, nas contas do
governador, Goiás assumiu uma dívida de aproximadamente R$ 7,5 bilhões e
colocou em caixa pouco mais de R$ 1,1 bilhão pela venda da maior empresa do
Centro-Oeste.
“A população goiana está pagando por uma má gestão e por uma
irresponsabilidade. Se uma pequena empresa, sem trazer um centavo de prejuízo,
é vendida hoje por quase R$ 2 bilhões, imagine se a Celg Distribuidora tivesse
sido bem gerida? Ela daria para mudar os rumos da gestão fiscal e também de
investimentos”, explicou Caiado. Para ele, este é o comparativo que a população
deve fazer entre a gestão que tem compromisso com os goianos e “a outra gestão
que tinha compromisso com projetos pessoais”, finalizou.
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