Crise: com críticas de sucateamento da gestão tributária, auditores entregam cargos de chefia em Goiânia

Em uma carta assinada por 33 servidores da Prefeitura de Goiânia, auditores de tributos da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) entregaram nesta quinta-feira, 11, os cargos de chefia, funções designadas e mandatos para os quais estavam nomeados em protesto contra o titular da pasta Geraldo Lourenço.

A decisão coletiva dos auditores estava tomada desde o último dia 4, mas foi oficializada nesta quinta, após a exoneração do superintendente de Administração Tributária, o auditor João Cláudio Fernandes Alves, ser publicada no Diário Oficial do Município. O próprio secretário Geraldo Lourenço passou a acumular o cargo.

Na última segunda-feira, 8, Lourenço havia demitido o João Cláudio por “insubordinação”, após o auditor ter se recusado a conceder uma entrevista à TV Anhanguera sobre a demora da Prefeitura de disponibilizar um simulador online para o cálculo do IPTU/ITU de 2022 após a reforma do Código Tributário. O simulador é uma promessa do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

A decisão tomada pelos auditores no dia 4 evidencia que a tensão entre a categoria, responsável pelo lançamento dos tributos municipais, e Geraldo Lourenço já vinha crescendo há semanas. Na carta, eles argumentam que a Administração Tributária tem sido “sucateada” pela atual gestão.

Na carta, os auditores ressaltam que a atual gestão, de modo geral, “demonstra extremo desrespeito à categoria que mais contribuiu positivamente, com grande sacrifício, para a consolidação dos objetivos definidos pelo gabinete da Secretaria de Finanças. A demissão de João Cláudio também foi citada no documento.

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