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Foto: Jackson Rodrigues
Os auditores de tributo vinham reclamando da falta de estrutura e de pessoal para conseguir em 3 meses adaptar o sistema de lançamento do IPTU/ITU após a aprovação das mudanças
Definição de valor do novo IPTU atrasa com crise entre auditores e secretário de Finanças
12/11/2021, às 18:02 · Por Eduardo Horacio
Uma crise entre o secretário municipal de Finanças, Geraldo
Lourenço, e os auditores de tributos do município compromete a definição dos
valores do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), após a atualização do
Código Tributário Municipal (CTM). O impasse atrasou e ameaça a entrega do
simulador on-line prometido pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos), para que
o contribuinte verifique quando será cobrado em janeiro de 2022.
Na última quinta-feira, 11, Geraldo Lourenço recebeu uma
carta com 33 assinaturas de auditores de tributos entregando os cargos de
chefia, funções designadas e mandatos para os quais estavam nomeados. No mesmo
dia, o titular da Secretaria de Finanças (Sefin) passou a acumular o cargo de
superintendente de Administração Tributária, após a demissão do cargo de João
Cláudio Fernandes Alves.
A guerra entre auditores e Lourenço começou em agosto,
quando a Sefin começou a definir o projeto de lei que alterava o CTM, com
mudanças substanciais na fórmula do IPTU e do Imposto Territorial Urbano (ITU).
A situação tornou-se insustentável após demissão sumária de João Cláudio,
acusado publicamente de insubordinação por ter se recusado a conceder uma
entrevista para a TV Anhanguera sobre o motivo do atraso na entrega
do simulador online.
Os auditores de tributo vinham reclamando, desde setembro
quando o projeto de alterar o CTM passou a tramitar na Câmara de Goiânia, da
falta de estrutura e de pessoal para conseguir em três meses adaptar o sistema
de lançamento do IPTU/ITU após a aprovação das mudanças. Em reunião com a
participação de Rogério Cruz, em 9 de setembro, os auditores expuseram diversos
problemas e deram sugestões para correção deles.
Os auditores alegam ainda que, além das questões formais e
de falta de diálogo interno, a Secretaria de Finanças não tem pessoal
suficiente para remodelar o sistema de cálculo do IPTU com base no que foi
mudado após aprovação na Câmara Municipal. Ouvidos pelo jornal O Popular,
eles explicam que o cadastro de imóveis da Capital possui uma série de imprecisões
nos dados que precisam ser revistos devido a forma com que a fórmula foi
alterada.
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