Pressão funciona e Caiado recua sobre fim da extensão do Eixo Anhanguera

O governador Ronaldo Caiado (DEM) descartou o fim da extensão da linha do Eixo Anhanguera até as cidades de Trindade, Senador Canedo e Goianira. A medida havia sido anunciada pela Metrobus, estatal que opera a linha, motivada por um prejuízo anual de aproximadamente R$ 23 milhões.

Após o anúncio da Metrobus, o governo estadual foi bombardeado por políticos das cidades atendidas e por usuários do sistema. Até uma manifestação foi realizada nas proximidades da GO-070, em Goianira, na noite de segunda-feira 24.

Na terça-feira, 25, o governador Ronaldo Caiado descartou o fim da extensão do Eixo Anhanguera. De acordo com apuração da jornalista Fabiana Pulcineli, de O Popular, o governador teria recuado hoje diante da repercussão negativa e desautorizado a direção da Metrobus.

O governador teria considerado precipitada a declaração do presidente da Metrobus, Paulo César Reis. Ao defender o fim da extensão do Eixo até as cidades vizinhas à Capital, o presidente declarou que o prejuízo acumulado pela empresa teria sido motivado justamente pelo elevado custo de operação das novas linhas a partir de 2014 – dos 13,8 quilômetros originais para um percurso total de 70 km.

A intenção da Metrobus era devolver os percursos até Trindade, Senador Canedo e Goianira para as empresas de transporte que detinham a concessão das linhas até 2014 (Viação Reunidas, Rápido Araguaia e Cootego). Porém, as empresas haviam informado que a tarefa de definir qualquer mudança na operação era de responsabilidade do próprio Estado.

Sensibilidade
O Poder Goiás havia mostrado que a mudança na operação da extensão do Eixo Anhanguera atingiria pelo menos 300 mil usuários mensais. Por isso, haveria a necessidade de um planejamento elaborado e de longo prazo pelo governo, e não o simples encerramento do serviço motivado pelo prejuízo na operação da linha.

Portanto, a rápida decisão do governador Ronaldo Caiado de interromper a mudança, ainda que com prejuízo constatado, merece reconhecimento. Se o serviço prestado pela Metrobus possui falhas, o que existia anteriormente era muito inferior e extremamente mal avaliado pelos usuários.

Com tempo e cuidado, cabe agora à Metrobus buscar alternativas em diálogo com representantes dos municípios atendidos pela extensão da linha do Eixo Anhanguera para que o serviço prestado à população evolua, as condições de trafegabilidade sejam atendidas, e os prejuízos aos cofres do Estado sanados. 

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