PM afasta policiais envolvidos em ação com 4 pessoas mortas na Chapada dos Veadeiros

A Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) afastou nesta segunda-feira, 24, os policiais envolvidos na ação que resultou na morte de quatro pessoas na última quinta-feira, 20, em Colinas do Sul, na Região da Chapada dos Veadeiros. Um inquérito foi instaurado para apurar a conduta dos policiais. A ação policial causou revolta entre moradores da região, que realizaram manifestação no último domingo, 23.

De acordo com jornal O Popular, pelo menos 58 disparos de fuzil e pistolas de diferentes calibres foram efetuados durante a ação que apurava denúncias de tráfico de drogas na região.  Os policiais afirmaram terem sido acionados por meio de denúncia e se depararam com uma plantação de maconha, além de porções do entorpecente prontas para o consumo.

“Assim que a corporação tomou conhecimento do fato, determinou a instauração de um inquérito Policial Militar e o imediato afastamento das atividades operacionais, de todos os policiais envolvidos no ocorrido. A Polícia Militar não coaduna com desvio de conduta, esclarece que todas as providências cabíveis estão sendo tomadas e que o caso será apurado com o rigor devido”, informou a nota da PM.

Segundo os policiais envolvidos na ação, eles teriam sido recebidos com tiros pelos suspeitos. Então, teriam revidados os ataques, ferindo os quatro homens, que chegaram a serem levados para o Hospital Municipal de Colinas do Sul. Nenhum policial se feriu durante a ação.

Revolta
Moradores de São Jorge, povoado de Alto Paraíso de Goiás, promoverem uma manifestação no último domingo contra a ação policial que resultou na morte dos quatro moradores, um deles quilombola. Em nota publicada nas redes sociais, os moradores relatam que a operação já se tornou conhecida como Chacina da Chapada dos Veadeiros.

“Neste dia, a Polícia Militar de Goiás invadiu, sem mandato de prisão ou investigação prévia, uma propriedade localizada na zona rural de Cavalcante onde havia uma plantação de cannabis e encontravam-se sete pessoas. Quatro delas foram assassinadas pela PM sem direito a defesa e outras três conseguiram fugir com vida. Salviano, Chico, Jacaré e Alan eram conhecidos por todos da comunidade”, diz o texto. 

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