Banco de dados de Bolsonaro diverge em 22% no índice de homicídios em Goiás

O sistema público de informações usado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, para embasar declarações recentes sobre redução dos índices de homicídio no país diverge em 22,5% entre o Sistema Nacional de Informações da Segurança Pública (Sinesp) e o Atlas da Violência. 

Enquanto no Sinesp Goiás registrou 2.247 homicídios em 2017, no Atlas foram 2.901 crimes, número 22,5% maior. O Sinesp, que deveria ser alimentado pelas secretarias de segurança pública, recebe críticas de especialistas da área porque os dados não são padronizados, nem fiscalizados em relação ao modo como são coletados. A plataforma contém informações genéricas e, muitas vezes, incompletas. 

A reportagem da Folha de São Paulo deste sábado, 6 de julho, mostrou ainda que o sistema não obedece a critérios básicos de padronização estatística, Por serem baseadas nos tipos de crimes mencionados no Código Penal, as categorias em que os delitos são classificados não permitem especificar derivações importantes do ponto de vista estatístico – como, por exemplo, feminicídios e mortes decorrentes de confrontos policiais. 

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