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Entidades orientam prefeituras a concederem aumento limitado apenas à reposição inflacionária de 10,16%
Presidente da FGM diz que reajuste de Bolsonaro no piso é eleitoreiro e ilegal
07/02/2022, às 20:24 · Por Redação
Com impacto superior a R$ 650 milhões por ano para as prefeituras, o aumento do
piso dos professores da educação básica de 33,2% assinado pelo presidente Jair
Bolsonaro (PL) na última sexta-feira, 4, é ilegal e fere a Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), segundo o presidente da Federação Goiana dos Municípios Haroldo
Naves.
Ao O Popular, o líder classista classifica a medida também como ilegal. “Se
baseia em lei que foi revogada em 2020. É uma medida eleitoreira e que fere
também outras leis como a de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para validar uma
nova base de cálculo, precisam de uma nova lei específica.” O argumento tem
sido usado por prefeitos e entidades desde o anúncio da atualização, com base
no fato de que o reajuste segue os critérios da Lei 11.738/2008, que
regulamenta o piso.
Municípios vão à Justiça para tentar rever o percentual de atualização. A
entidade, em conjunto com a Associação Goiana dos Municípios (AGM), tem
orientado prefeitos a concederem aumento limitado apenas à reposição
inflacionária, que ficou em 10,16% em 2021 — valor do Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC).
Com a
portaria assinada, Naves diz que agora há objeto para ser questionado na
Justiça, o que deve ser feito “o mais breve possível”. “Estamos estudando como
fazer (entrar com ação), se será em primeiro grau ou no STF (Supremo Tribunal
Federal), via CNM (Confederação Nacional dos Municípios) ou se cada município
precisará agir”, realtou.
Educação FGM AGM