Sindicato de Goianésia culpa empresa por erros na pecuária; empresário entrega para ‘Deus’

O problema do atraso no show do Jerry Smith no último dia 13, durante na 47ª edição da Exposição Agropecuária de Goianésia apenas selou uma edição cheia de equívocos. Desde que Bilika e sua empresa começaram a organizar os shows e o Sindicato Rural de Goianésia ficou com a gestão do parque (barracas, exposição e brinquedos), a festa perdeu o movimento de antes. 

Bilika é hoje o principal organizador de eventos da cidade, mas, com estilo centralizador, não consegue se modernizar. Erra na divulgação e nas parcerias. Não articulou as datas com cidades vizinhas, como Uruaçu e, tampouco faz parcerias com cidades como Jaraguá, Ceres e Barro Alto. 

O mercado de eventos hoje convive com dois grandes problemas: a crise, que faz com que as pessoas precisem optar por um em detrimento de outros eventos, e o esgotamento dos modelos atuais. 

No caso de Goianésia, além de nenhuma novidade, a pecuária conseguiu piorar o que já existia. Poucas barracas, parque pelas metades, ausência de estandes tradicionais e nenhum atrativo de entretenimento, exceto os shows. 

O vazio no parque já na estreia, com a excelente dupla Cleber e Cauan, devia ter deixado os organizadores em alerta pelo que estaria por vir. A baixa venda de passaportes já devia ter servido para a correção dos rumos, antes mesmo do início da festa. Mas Bilika e o desgarrado presidente do Sindicato Abel Ribeiro optaram por confiar no improviso. 

A tendência dos eventos hoje é ofertar um cardápio de atrações diversificadas por noite. Não se faz mais festa com uma atração apenas.  Goiânia, Aparecida, Senador Canedo, Rio Verde são provas disso. O “inferninho”, local de barracas ao lado do palco que toca som mecânico, deixou de ser atração, apesar de boa opção. Ainda salva. O público está exigente e tem opções. 

Com exceção do dia de Marília Mendonça, a festa continuou às moscas e a coroação do fracasso veio no dia do funkeiro Jerry Smith. Ao chegar as 5 horas da manhã, o que era apenas desleixo, virou deboche com quem pagou ingressos de até R$ 100 reais apenas de entrada. 

Se a revolta já feria a imagem do evento, as respostas do sindicato e do Bilika reforçam o amadorismo: “O Sindicato Rural vem a público se desculpar pelo atraso ocorrido. Informa que, a contratação bem como o horário de inicio de apresentação pactuado com todos os artistas que se apresentaram no evento é de inteira responsabilidade da empresa denominada "Bilika Show", não detendo o Sindicato Rural de Goianésia qualquer autonomia sobre o horário de realização dos shows”, disse em nota. 

Já Bilika, em mensagem em sua rede social, optou por entregar “ao senhor’, pois “algumas dificuldades mais nada na vida é fácil, fazer um evento nesse tamanho e formato tem que ter Deus na frente”. “Escolhemos uma grade de shows eclética , o nosso objetivo era agradar a todos , mais nem nosso senhor que nos Deu a vida agradou todo mundo”, complementa. 

“Peço desculpa humildemente pelos erros , pelos transtornos , e vamos procurar atender mais a população que gosta dessa festa agropecuária, vamos adaptar para melhorar . Mais uma vez desculpa mesmo de ❤”, concluiu com um emoji. 

---

Goianésia Pecuária de Goianésia