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Foto: Jackson Rodrigues
Com a sanção, as novas regras de ordenamento urbano de Goiânia passam a vigorar a partir de setembro, ou seja, em 180 dias
Prefeito Rogério Cruz sanciona novo Plano Diretor de Goiânia
04/03/2022, às 20:00 · Por Eduardo Horacio
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) sancionou nesta
sexta-feira, 4, o projeto de lei com a revisão do Plano Diretor de Goiânia para
os próximos 10 anos. Alvo de polêmica e com tramitação que se prolongou durante
o ano de 2021, o documento foi aprovado no último dia 3 de fevereiro. A
solenidade teve a participação de vereadores e de representantes do setor
empresarial.
O Plano Diretor determina o conjunto de regras para o
ordenamento e crescimento da cidade na próxima década. O texto final foi
construído por um grupo de trabalho nomeado pelo Paço e ajustado em audiências
públicas e reuniões coordenadas pela Câmara Municipal.
Para a Prefeitura, os grandes destaques do Plano Diretor
estão nos três principais eixos de desenvolvimento: de moda, na região da Rua
44; de tecnologia, no Campus Samambaia; e o agropecuário, na Avenida Castelo
Branco. O Paço avalia ainda que há iniciativas para o desenvolvimento de
bairros mais distantes da região central de Goiânia.
Idas e vindas
Inicialmente, o Plano Diretor foi enviado à Câmara Municipal pelo então
prefeito Iris Rezende e recebeu diversas emendas. Com a descaracterização do
projeto original, o Executivo decidiu retirar a tramitação do Legislativo. No
ano passado, após um período de readequação do texto, o projeto voltou a
tramitar no parlamento. Novamente, sofreu emendas nas comissões Mista e de
Constituição, Justiça e Redação (CCJ).
Com a sanção, as novas regras de ordenamento urbano de
Goiânia passam a vigorar a partir de setembro, ou seja, em 180 dias. Nesse
intervalo, o Paço deve enviar à Câmara 12 projetos de leis complementares. As
primeiras devem ser encaminhadas ainda neste mês, com relação ao impacto de
trânsito e vizinhança.
Diálogo
Convidado a falar em nome dos vereadores que participaram do processo, o
vice-presidente da Câmara, Clécio Alves, afirma que a união de entes do poder
público, do setor privado e da população foi importante para construir o texto:
“Goiânia precisa de todos. Temos que continuar a trabalhar sem descanso, para
que a capital seja sempre a vitrine para o Brasil”.
Para a relatora da matéria na Comissão Mista na Câmara
Municipal, vereadora Sabrina Garcez, o principal desafio do Plano Diretor é
ampliar o protagonismo da capital no processo de desenvolvimento econômico da
Região Metropolitana. “Goiânia estava a se transformar em uma
cidade-dormitório, enquanto municípios vizinhos cresciam. Não havia um processo
de regularização fundiária, de moradia social, e estávamos perdendo
investimentos”, destaca.
O titular da Secretaria Municipal de Governo, Michel Magul,
agradeceu a oportunidade de compor o grupo de trabalho que participou do debate
sobre a atualização do Plano e fez elogios à conduta dos vereadores no debate.
Disse que deram ressonância aos anseios da comunidade. “Foi importante a
sintonia dos técnicos da prefeitura com a Câmara e com a sociedade”. O
principal mérito do projeto reside no fato de ser sido construído a partir do
diálogo, aponta.
O secretário municipal de Planejamento Urbano, Valfran
Ribeiro, afirma que a revisão do Plano Diretor de Goiânia tem também o mérito
de criar terreno para desburocratização do sistema de aprovação e emissão de
licenças, de modo a garantir tratamento “mais simplificado” aos
microempreendedores. “O documento cria possibilidade de crescimento de novos
polos de desenvolvimento”, diz.
Participaram do evento, entre outras autoridades, o
vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André
Luiz Rocha; vereadores Thialu Guiotti, Edgar Duarte, Willian Veloso, Pedro
Azulão Júnior e Geverson Abel; secretários municipais e executivos; representando
a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg), Ivan Carlos
Lima; e o presidente do Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias do Estado de
Goiás (SecoviGoiás), Ioav Blanche.
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