Mendanha anuncia ida para o Patriota enquanto aliados tentam fazê-lo desistir de candidatura

Após ter as portas fechadas pelo PL, PP, Republicanos e Podemos, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, anunciou filiação no pequeno Patriota. O prefeito tenta manter de pé o projeto de disputar o governo de Goiás nas eleições de outubro, enquanto nos bastidores aliados lutam para que ele se mantenha no cargo e desista da pré-candidatura.

Gustavo Mendanha deixou o MDB em setembro do ano passado, após a legenda anunciar apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Ao lado de um grupo de políticos insatisfeitos com o atual governo, o prefeito passou a articular uma pré-candidatura de oposição ao Palácio das Esmeraldas.

No entanto, as articulações de Gustavo Mendanha sofreram diversos contratempos nos últimos meses. Com projetos majoritários definidos, PP e Republicanos não deram espaço ao pré-candidato. Estimulado por aliados, ele apostou em se filiar no PL e tornar-se o palanque do presidente Jair Bolsonaro em Goiás.

Mesmo com respaldo das lideranças no Estado, Bolsonaro escolheu apoiar a pré-candidatura do deputado federal Major Vitor Hugo, seu aliado mais próximo em Goiás. A aproximação com o bolsonarismo, no entanto, fez com que o Podemos também desembarcasse do 'projeto Mendanha'. Antes, o partido havia anunciado apoio ao projeto eleitoral do prefeito.

O que sobrou
Sem PL e Podemos e com vetos públicos do PP e do Republicanos, Gustavo Mendanha anunciou que irá se filiar ao Patriota no próximo sábado, 2 – um dos menores partidos do País, a legenda tem apenas o 18º fundo eleitoral (R$ 84,28 milhões). Comandado por Jorcelino Braga em Goiás, o partido garantiu respaldar a postulação de Mendanha.

Até o momento, Gustavo Mendanha mantém o planejamento de renunciar o mandato de prefeito de Aparecida de Goiânia no sábado, data limite para desincompatibilização, e se manter apto a concorrer ao governo nas eleições de outubro. No entanto, diante da enorme dificuldade de construir uma candidatura competitiva, aliados do prefeito tentam dissuadi-lo.

Se mantiver a pré-candidatura, além de concorrer por um partido pequeno, rachado e com pouca estrutura no Estado, Mendanha ainda terá o desafio de construir uma chapa majoritária com nomes relevantes para vice-governador e senador, além de chapas proporcionais viáveis eleitoralmente.

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