Alvo de escândalos e atrasos, Corumbá entra em operação 14 anos após início das obras

Com investimentos nesta primeira etapa de R$ 440 milhões, um dos maiores empreendimentos de saneamento do Brasil, o Sistema Produtor Corumbá, obra iniciada em 2008, finalmente começa a operar a partir desta quarta-feira, 6. Até 2018, último ano da gestão do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), 10 anos após o início da construção, somente metade da obra de responsabilidade do governo goiano havia sido terminada.

O período foi marcado por paralisações decorrentes de falta de repasses pelo governo e ainda por escândalos de corrupção na empresa. A primeira paralisação ocorreu em 2011, devido ao encerramento de contrato em vigência. A construção só foi retomada quatro anos depois, em 2015, quando foi concluída nova licitação. Entre agosto de 2016 e outubro de 2017 houve nova paralisação, dessa vez em virtude de investigação de um esquema de corrupção.

Na época, o Ministério Público Federal (MPF) em Goiás deflagrou a Operação Decantação, com o objetivo de investigar irregularidades nas licitações para a construção da Estação Elevatória de Água do Sistema Produtor Corumbá. O órgão apontou desvios de recursos destinados às obras que ultrapassariam R$ 7 milhões.

Em pouco mais de três anos, mesmo em meio à pandemia, a atual direção da Saneago conseguiu concluir 44% das obras sob a responsabilidade de Goiás. Nesta primeira etapa, 1,3 milhão de moradores de Goiás e Distrito Federal serão beneficiados com o fornecimento de água tratada, número que deve dobrar nos próximos anos. Serão atendidas a população de Luziânia, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental e Novo Gama, além da Região Sul do Distrito Federal.

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