Com o simbólico retorno da Procissão do Fogaréu, Caiado fala em ‘fim do pesadelo’

A Procissão do Fogaréu, na cidade de Goiás, marcou a retomada dos eventos presenciais após hiato de dois anos devido à pandemia da Covid-19. Presente na celebração na madrugada desta quinta-feira, 14, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) se mostrou emocionado com o novo momento.

“Estamos muito emocionados, parece que é o primeiro Fogaréu que estamos assistindo”, disse Caiado durante o evento religioso. O governador ainda anunciou o retorno da realização das Cavalhadas na Cidade de Goiás após 70 anos.

Ronaldo Caiado chegou, ainda no começo da tarde desta quarta-feira, 13, à cidade de Goiás. Caminhou pelas ruas da antiga capital do Estado, visitou a Praça do Coreto, dialogou com a comunidade e recepcionou autoridades no Palácio Conde dos Arcos. Ao sair para acompanhar a Procissão do Fogaréu foi aplaudido pelos fiéis e acompanhou junto à população todo o cortejo.

O prefeito Aderson Gouvea (PT) conta que o evento foi o primeiro do calendário tradicional do Estado a não ser realizado devido à pandemia de Covid-19 e, agora, é o primeiro a voltar oficialmente. Reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado, a celebração relembra os últimos dias de vida de Jesus Cristo e contou com a participação de milhares de fiéis pelas ruas de pedra da antiga capital.

“Um ponto importante é que a procissão do Fogaréu se torne Patrimônio Imaterial do Brasil", comentou o governador. A solicitação foi feita pelo governo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com todos os documentos incluídos para que a celebração ganhe esse reconhecimento nacional o mais rápido possível.

A Procissão do Fogaréu é realizada há 277 anos e simboliza a busca e prisão de Cristo. Foi introduzida no Estado pelo padre espanhol João Perestello de Vasconcelos Spíndola, inspirado em celebrações que remontam à Idade Média. Os farricocos representam os soldados romanos. Os personagens foram inspirados nos penitentes do século XV, que podiam pagar seus pecados sem precisar revelar sua identidade, por isso os trajes longos e o rosto coberto.

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